Sufocada por mim mesma agora cavava um buraco para me esconder de toda a confusao que eu comecei. Logo eu que estava indo tao bem... Fiz tudo de novo e um pouco mais. Estou ficando cada vez melhor nessa historia de machucar, sem saber que eu sou a minha maior vitima. Nao ha beleza de flor que va esconder a feiura dentro de mim. Feiura dos meus pensamentos, dos meus atos.
domingo, 15 de março de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Lua Nova
Alice arrumava-se mais uma noite na esperança de encontrar Rodrigo. Devagar fumava um cigarro remetendo-se a noite cujo seu coração pertenceu a mais ninguém, senão Rodrigo. Na noite da despedida (in)sensata retornou para casa desejando que o esquecesse pela manhã. Muitas manhãs se seguiram e seu desejo transformou-se e era por isto que nesta noite sem lua vestiu-se com sua mais íntima vontade de sentir vivo mais uma vez este sentimento sem precedentes e malícia. Em frente ao espelho compreendia que esta noite seria sua chance derradeira de sentir o toque de Rodrigo, de abraça-lo, de ir contra a razão.
A porta se abriu e lá estava ele. A face de Rodrigo ao ver Alice brilhou, derramando sua luz sobre Alice que já não pesava mais que uma pena. Os olhares se encontraram e não mais mudaram de direção. "Ele ainda sente o mesmo" suspirava enquanto ia ao encontro de Rodrigo.
- Pensei que não a veria mais - Rodrigo tentava acreditar que Alice estava realmente em sua frente.
- Eu também. Desfruto, porém de algo que nunca experimentei. E não há nenhuma barreira que faça parar de crescer o que sinto agora - e Alice sabia que falava por Rodrigo também.
Cada palavra e sentença que disseram um ao outro era como a mais pura e bela poesia. Naquela sala só havia Alice para Rodrigo e Rodrigo para Alice. As mãos se enroscavam e Alice fechava seus olhos enquanto acariciava Rodrigo aproveitando cada centímetro daquela pele que cheirava tão bem e almejava porventura que aquela noite não tivesse fim. Sonhando acordada, então, abriu seus olhos quando aquela melodia, a música que Rodrigo dedicou a ela, invadiu a sala. Sem contestar, pensar uma, duas ou três vezes as bocas se encontraram e os lábios dançaram em sintonia. A lua, então, que não iluminava deixava-os a sós. Ocultos - sem juízes - seus corações e corpos encaixaram-se. Sorrindo Alice procurou ar em seu peito e sentiu-se completa. Só havia paixão, sem culpa, sem pudor, finalmente o Alice e Rodrigo tiveram um ao outro.
A porta se abriu e lá estava ele. A face de Rodrigo ao ver Alice brilhou, derramando sua luz sobre Alice que já não pesava mais que uma pena. Os olhares se encontraram e não mais mudaram de direção. "Ele ainda sente o mesmo" suspirava enquanto ia ao encontro de Rodrigo.
- Pensei que não a veria mais - Rodrigo tentava acreditar que Alice estava realmente em sua frente.
- Eu também. Desfruto, porém de algo que nunca experimentei. E não há nenhuma barreira que faça parar de crescer o que sinto agora - e Alice sabia que falava por Rodrigo também.
Cada palavra e sentença que disseram um ao outro era como a mais pura e bela poesia. Naquela sala só havia Alice para Rodrigo e Rodrigo para Alice. As mãos se enroscavam e Alice fechava seus olhos enquanto acariciava Rodrigo aproveitando cada centímetro daquela pele que cheirava tão bem e almejava porventura que aquela noite não tivesse fim. Sonhando acordada, então, abriu seus olhos quando aquela melodia, a música que Rodrigo dedicou a ela, invadiu a sala. Sem contestar, pensar uma, duas ou três vezes as bocas se encontraram e os lábios dançaram em sintonia. A lua, então, que não iluminava deixava-os a sós. Ocultos - sem juízes - seus corações e corpos encaixaram-se. Sorrindo Alice procurou ar em seu peito e sentiu-se completa. Só havia paixão, sem culpa, sem pudor, finalmente o Alice e Rodrigo tiveram um ao outro.
Uma Brisa

Estava sentado na frente da minha escrivaninha há 3 horas. Nada saia, eu só pensava nela. E também, para que pensar noutra cousa? Ela é emoção. Para o meu azar e também a minha sorte ao fundo rompendo o silêncio Oswaldo Montenegro sussurrava "metade de mim é amor... e a outro também". Resolvi sair. Fui até o cais. A maré enchia, meu peito seguia a oscilação. A brisa inofenciva passava recortando meus pensamentos. Foi em vão? Não, não foi. Até esta dor salgada vale a pena dentro desta imensidão azul e suave que invadiu meu corpo. É salgado. Às vezes quente, às vezes frio. Às vezes é calmaria, às vezes tempestade. Mesmo as piores tempestades e rebarbas fascinam... O que fazer? Nada. Somos o transbordamento da paixão.
Minha sede
Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente.
Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma alegria além de ti. Como pude cair nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei?
Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara.
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente.
Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma alegria além de ti. Como pude cair nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei?
Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Like Knives
- Iremos contrariar nossos sentimentos? - foram as últimas palavras que Rodrigo falou. Alice não se moveu, nada disse. A pergunta ficou no ar (às vezes o silencio é a melhor resposta?). Rodrigo entendeu tudo (e absolutamente nada). Foi embora. Na cabeça de Alice explodiam sensações.
A suave pele de Rodrigo ainda tocava a sua em pensamento. A vontade ia contra a razão. Não era legitimo. Mas há legitimidade para os sentimentos? Lembrou-se das palavras dele mais cedo: "Esse não podemos - como você diz - me remete a uma barreira e não ao impossível". Era verdade, sabia disso, mas tinha consciência da realidade. Nada iria acontecer e a escolha já estava feita. Pura contradição... Era terno e cruel.
Nos braços dele com o vento no rosto pôde experimentar uma vivacidade nova. Não melhor que a que já vivia apenas nova. Coração batia forte, a respiração dela demonstrava tudo que sentia. Os dedos dele passeavam por seus cabelos embaraçados. Ela de repente sentiu o rosto quente de Rodrigo tocando o seu, mas... A boca doce dele nunca tocaria a dela. Aquele último cigarro que fumaram juntos foi o mais próximo que as bocas deles chegaram a se encontrar.
Alice também saiu, mas olhando para trás querendo reter a última imagem de Rodrigo por mais tempo que pudesse. Como se nunca mais o fosse ver. Assim eles se despediram.
A suave pele de Rodrigo ainda tocava a sua em pensamento. A vontade ia contra a razão. Não era legitimo. Mas há legitimidade para os sentimentos? Lembrou-se das palavras dele mais cedo: "Esse não podemos - como você diz - me remete a uma barreira e não ao impossível". Era verdade, sabia disso, mas tinha consciência da realidade. Nada iria acontecer e a escolha já estava feita. Pura contradição... Era terno e cruel.
Nos braços dele com o vento no rosto pôde experimentar uma vivacidade nova. Não melhor que a que já vivia apenas nova. Coração batia forte, a respiração dela demonstrava tudo que sentia. Os dedos dele passeavam por seus cabelos embaraçados. Ela de repente sentiu o rosto quente de Rodrigo tocando o seu, mas... A boca doce dele nunca tocaria a dela. Aquele último cigarro que fumaram juntos foi o mais próximo que as bocas deles chegaram a se encontrar.
Alice também saiu, mas olhando para trás querendo reter a última imagem de Rodrigo por mais tempo que pudesse. Como se nunca mais o fosse ver. Assim eles se despediram.
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